O terceiro lugar de Geddel Vieira Lima na sucessão estadual foi amargo, mas lhe rendeu pouco mais de um milhão de votos, um patrimônio que passou a ser cobiçado por José Serra, que para ele ligou na madrugada de domingo para segunda, e, no fim da tarde de ontem, foi chamado a Brasília. O presidente Lula quer conversar com ele. Deveria ser a candidata Dilma a quem caberia o convite, mas ela meteu os pés pelas mãos, no que Geddel considerou uma traição inesperada, e comunicou, via imprensa, que não subiria no seu palanque, nem Lula, mas sim exclusivamente no de Wagner. Poderia ter rompido o acordo do palanque duplo de forma elevada, conversando e expondo os seus motivos ao candidato. Entendia, porém, que estava eleita em primeiro turno, e alegou a vantagem de Wagner na sucessão baiana. Geddel viajou e disse que conversará com o presidente absolutamente calmo e tranquilo. Se terá, ainda, espaço de diálogo com Dilma, não se sabe. O político baiano é do PMDB e integra o grupo que forma com Michel Temer. O PMDB, vale lembrar, está coligado com o PT, embora para a legenda não signifique muita coisa porque o partido é tradicionalmente dividido. Apesar de muito calmo, Geddel lembra da forma como foi traído e diz que não pretende retaliar. Enfim, um dia atrás do outro. E como o mundo dá voltas...
Fonte:http://www.bahianoticias.com.br/
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