De que adianta uma campanha publicitária milionária, se a estratégia de distribuição do produto não estiver à altura?
Portanto, a culpa parece não ter sido da loura. Movimentos radicais - e opostos - ocorreram na empresa nos últimos três anos. Desde a contratação de 30 executivos de mercado para ocupar os principais postos na administração da empresa após a morte de seu pai, em 2007, o herdeiro do grupo, Adriano Schincariol, e seu primo, Gilberto Schincariol Júnior, de 27 anos e vice-presidente comercial, só fazem demitir. E não foram poucas cabeças. Embora o discurso da empresa vise recuperar "o foco nas vendas", para executivos próximos à companhia, as mudanças miram o corte de custos. E faz sentido. Segundo dados da Nielsen, de 2008 até outubro deste ano, a participação em volume de mercado da Schin caiu de 13,2% para 9,8%. Até mesmo a campanha da nova marca de cerveja Devassa Bem Loura, lançada no carnaval e com a socialite americana Paris Hilton como garota-propaganda (o investimento total foi de R$ 100 mi), parece não ter funcionado. Apesar de a empresa ter como meta ganhar 1,5% do mercado, o que renderia cerca de R$ 150 mi, a marca deve fechar o ano com uma fatia de 0,2% do mercado nacional, sendo que houve falhas graves na distribuição do produto. No entanto, parece que a empresa ainda comemora os resultados. De acordo com suas próprias projeções, a cervejaria deverá faturar R$ 5,8 bi em 2010 - 15% mais em relação ao anterior, quando que o mercado vai movimentar R$ 56,7 bi. E a concorrência está acirrada: a Heineken adquiriu a Femsa, donas das marcas Sol e Kaiser, e a AmBev, dona de quase 70% do mercado nacional de cerveja, prepara-se para lançar a Budweiser no Brasil em 2011. As informações são da revista Exame que circula nesta quinzena.
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