Anda azedo o clima entre Ivete Sangalo e os músicos de sua banda desde que seu ex-bateirista Antônio da Silva, o Toinho Batera, resolveu processá-la, em dezembro. Segundo a colunista Lu Lacerda, ao chegar para recente show no Recife, a cantora não dirigiu a palavra à banda nem reuniu a turma para a tradicional oração antes do início do show. O máximo que disse nos bastidores foi o seguinte recado: “Quem quiser me processar que o faça agora!”. Depois da apresentação, rumou para o aeroporto, onde seu jatinho a esperava rumo a Salvador.
Toinho Batera – que move um processo trabalhista contra a cantora e a empresa dela, a produtora Caco de Telha –, afirma que, junto com outros músicos, foi obrigado a constituir uma empresa para receber os vencimentos. O músico pede R$ 5 milhões em indenizações. A ação judicial também revelou como funciona o contrato da cantora com os músicos.
De acordo com Toinho, em 2006, ele e os colegas da banda foram obrigados a formar uma única empresa, a Banda do Bem. “Antes, cada músico tinha uma empresa pessoal, que era para emitir as notas fiscais dos pagamentos. Mas, há quatro anos, fomos obrigados a fazer parte de uma empresa só. Eles deixaram claro que, se a gente não aceitasse, seríamos despedidos”, revela o baterista. Ele disse, ainda, que a Banda do Bem, que tem como sócios os 13 músicos da cantora, está registrada com um endereço em Lauro de Freitas, mas que nunca funcionou lá. A ação corre na 18ª Vara de Trabalho de Salvador. O músico trabalhava há 14 anos com a cantora, foi demitido em março e afirma não ter recebido os direitos trabalhistas.
Clima tenso na Caco de Telha
Iniciando uma reestruturação nas suas empresas, a cantora Ivete Sangalo demitiu nesta sexta-feira (7) o segundo da organização, Ricardo Martins, ex-diretor do grupo EVA, homem de confiança da artista.
Comenta-se que Ivete já chegou a afastar o presidente da empresa, Jesus Sangalo, e sua cunhada, Valéria (esposa de Ricardo Sangalo, seu outro irmão), mas posteriormente os dois retornaram.
Toda esta crise teria origem na saúde financeira da Caco de Telha que, segundo fontes, não andam muito bem, devido a projetos deficitários, a exemplo de Black Eyed Peas e Beyoncé, além da carreira internacional (especialmente na América do Norte), que não deslanchou.
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