O pedido de liberdade para o goleiro Bruno Fernandes foi negado na tarde desta quarta-feira (13) pelos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em Belo Horizonte. O habeas corpus pedido pelo advogado Claúdio Dalledone foi julgado por três desembargados e todos votaram para que o goleiro aguarde preso a data do julgamento sobre a morte e desaparecimento de Eliza Samudio, ex-namorado do goleiro.
Ainda que os desembargadores concedessem a liberdade, Bruno poderia permanecer preso por causa de outro processo, já com condenação na Justiça do Rio de Janeiro.
Julgamento do pedido de liberdade
Os desembargadores terminaram hoje o julgamento do pedido de liberdade que deveria ter acontecido na quarta-feira (6), mas foi adiado pelo desembargador Doorgal Andrada, que pediu vistas do processo.
O julgamento foi adiado após pronunciamento do advogado Cláudio Dalledone. A defesa alegou que o goleiro "detém todos os predicados para ficar em liberdade" até a data do júri e argumentou que Bruno tem domicílio certo, bons antecedentes e é réu primário.
O goleiro está preso há quase nove meses na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
No Rio, Bruno foi condenado em dezembro de 2009 por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio. Na sentença, o atleta é condenado a cumprir 4 anos e 6 meses de prisão. O amigo do goleiro, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado apenas por cárcere privado, com pena de três anos.
Em Minas, onde está preso, o goleiro ainda responde a processo pela morte e desaparecimento da ex-amante, que aconteceu em junho de 2010.
Entenda o caso
Eliza Samudio teve um relacionamento com o goleiro Bruno. Em fevereiro de 2010, a jovem deu à luz um menino e alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.
Em dezembro de 2010, a ex-mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Fonte: G1
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