Alunos
travestis e transexuais vão poder escolher o nome. A determinação veio
da Secretaria Estadual da Educação da Bahia, para acabar com o
preconceito e possibilitar que os alunos, transexuais e travestis,
tenham a liberdade de escolher o nome que desejam ser chamados dentro
das escolas. Por conta do preconceito, muitos alunos deixaram de
estudar, devido às “gozações” dos colegas, quando eram chamados pelo
nome civil, em sala de aula.
Este foi o caso da presidente da Associação dos Travestis, Milena
Passos. Ela tem aparência de mulher, mas, desde a adolescência desistiu
dos seus sonhos de estudar e se tornar uma psicóloga por conta do
preconceito enfrentado em sala de aula. Em entrevista ao G1, ela disse
que se assustava quando o professor chamava pelo nome de registro e isso
virava motivo de piadas entre os alunos. Cansada dos constrangimentos,
Milena desistiu de estudar.
Para evitar que situações desse tipo continuem ocorrendo nas escolas, a
Secretaria determinou que a partir de agora, esses alunos possam
sentir-se à vontade para escolher o nome de sua preferência. Para isso
ocorrer, é preciso que o estudante, no momento da matrícula, escolha o
nome social que vai aparecer em todos os documentos da escola.
Porém, o nome civil do aluno, o que está no RG, constará em
documentações para usos externos, como transferência e histórico
escolar. Conforme a superintendente da educação básica, Amelia Maraux,
as escolas também serão obrigadas a desenvolver projetos de combate à
homofobia nas instituições. A resolução vale para escolas das redes
municipais, estadual, particular e também para o nível superior.
Com esta notícia, Milena retomou as esperanças de voltar a estudar e
recuperar o tempo perdido. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB),
Marcelo Cerqueira, comemorou a determinação do conselho da Secretaria de
Educação e disse que estava na hora disso acontecer. “As mulheres
transexuais vivem numa sociedade e, por isso, têm o direito de escolher o
seu estilo de vida e ter uma identidade por meio do chamamento do nome
que mais lhes agrada. O desrespeito a isso causa sérios transtornos
psicológicos nessas pessoas”, reforçou.
Amelia Maraux disse que essa adoção do nome social já vem sendo
realizado em vários estados, objetivando o reconhecimento do nome social
dos indivíduos excluídos das escolas. “Existia uma discussão em torno
desse assunto e agora será adotado na prática, nas instituições de
ensino. O objetivo é fazer com que essas pessoas sejam reconhecidas
dentro das escolas, respeitadas e que possam voltar a estudar, já que
muitos, por sentirem o desrespeito, abandonaram os estudos”, confirmou
Maraux.
Na prática, conforme a superintendente da educação básica, não existe
mudança no código, mas as instituições passarão por vários seminários e
debates para se adequar a essa mudança. Para a escola estadual Senhor do
Bonfim, no bairro dos Barris, o nome social já vinha sendo usando na
instituição desde 2009. Ano passado, a escola tinha seis alunas
transexuais. Para uma melhor aceitação dos professores e alunos, a
diretora Andreia Sarraf ressaltou que seminários sobre transfobia são
realizados na instituição. As informações são da Tribuna da Bahia.
21/02/2014
Home
BAHIA
BRASIL
NOTÍCIAS DA REGIÃO
Alunos transexuais são autorizados na Bahia a escolher nome que desejarem
Alunos transexuais são autorizados na Bahia a escolher nome que desejarem
Tags
# BAHIA
# BRASIL
# NOTÍCIAS DA REGIÃO
About David Gouveia Notícias
NOTÍCIAS DA REGIÃO
Labels:
BAHIA,
BRASIL,
NOTÍCIAS DA REGIÃO
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Post Top Ad
Responsive Ads Here
David Gouveia Notícias
O que acontece na notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário