O
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta segunda-feira, 19,
quatro medidas que podem aumentar a arrecadação em R$ 20,63 bilhões em
2015. Segundo o ministro, as medidas têm como objetivo aumentar a
confiança na economia.
As quatro medidas aumentam ou alteram impostos. Uma delas diz respeito à
Cide, imposto que incide sobre a comercialização de combustíveis e que
teve sua alíquota zerada em 2012. Agora, a gasolina será taxada em R$
0,22 por litro e o diesel em R$ 0,15 por litro. Segundo Levy, isso não
significa que o preço do combustível aumentará na bomba, pois essa
definição é de competência da Petrobrás.
Outra medida aumenta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) em operação de crédito para pessoa física, que sobe de 1,5% para
3%.
Duas das medidas envolvem o setor dos cosméticos e aumentam a tributação
para importados. A primeira equipara o atacadista ao setor industrial
no setor de cosméticos e não envolve aumento de alíquota. “Faz com que a
tributação seja mais homogênea e evita acúmulo em algumas das pontas,
além de dar mais transparência nos preços de referência”, disse o
ministro. “Haverá um pequeno efeito arrecadatório, mas é mais uma coisa
para organizar melhor o setor”, afirmou sem dar valores sobre o efeito
na arrecadação.
O segundo item, segundo ele, também é corretivo, pois aumenta o PIS e
Cofins dos importados de 9,25% para 11,75%. A medida é necessária,
afirmou Levy, para equiparar a tributação nacional a de importados
depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou o ICMS da base de
cálculo nas importações. “Estamos ajustando a alíquota para não
prejudicar a produção doméstica. Aumenta-se no produto importado para
dar competitividade ao setor doméstico”, disse.
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David Gouveia Notícias
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