O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o
projeto que altera as regras da distribuição de cadeiras entre os
partidos nas eleições proporcionais para vereadores e deputados
estaduais, federais e distritais. A proposta, que recebeu 46 votos
favoráveis e 9 contrários, foi apresentada pela Comissão da Reforma
Política.
O projeto determina que a distribuição de
vagas deve ser feita respeitando o quociente eleitoral na votação
obtida pelo partido, mesmo quando há coligações. Assim, as legendas que
não alcançarem o quociente não podem disputar as sobras de vagas. As
novas normas visam eliminar a figura do “puxador de voto”, quando
candidatos muito bem votados acabam elegendo colegas de outros partidos
coligados com baixo desempenho nas urnas.
O relator da comissão, Romero Jucá
(PMDB-RR), esclareceu que outro objetivo é fortalecer os partidos e
inibir a proliferação de novas legendas."Estamos
fazendo com que cada partido procure se fortalecer para ter,
efetivamente, um processo eleitoral que contribua com o país”, disse
Jucá.
A mesma defesa fez o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Para ele, é importante desestimular as legendas de aluguel. “E
[o projeto] desestimula os partidos de um dono só que pegam carona nas
coligações para usurpar e sugar os votos de outros partidos para se
eleger”, observou Aécio.
Em 2010, Tiririca teve 1,3 milhão de
votos. A votação não beneficiou diretamente candidatos de seu partido,
mas sim, candidatos de sua coligação, formada por PR, PSB, PT, PR, PC do
B, PT do B. O último eleito da coligação, Vanderlei Siraque (PT), e o
penúltimo, Delegado Protógenes (PC do B), obtiveram cerca de 90 mil
votos cada um. Ficaram de fora nove candidatos da coligação formada por
PSDB, DEM e PPS que tiveram mais votos que eles.
A proposta que seguiu para exame da Câmara dos Deputados.
16/07/2015
Senado acaba com papel do "puxador de voto" nas coligações
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David Gouveia Notícias
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