“Fui procurado pelo na época senador Sérgio Guerra e pelo deputado Eduardo da Fonte”, disse Youssef, citando o ex-presidente tucano, morto em 2014, que teria recebido dinheiro para abafar investigação da estatal em 2009. “Tiveram, se não me engano, três reuniões, e depois foi pago pela Queiroz Galvão esses R$ 10 milhões para que a CPI naquela época não prosseguisse.”
O doleiro ainda reafirmou de forma enfática as declarações que já havia feito a respeito de Aécio Neves. “A questão de Furnas, eu fiz anexo e está lá”, disse ele. O deputado Jorge Sola insistiu. “Confirmo por conta do que escutava do deputado José Janene, que era meu compadre e eu era operador dele”, enfatizou o doleiro.
Anastasia
Youssef foi questionado a respeito de um suposto repasse para o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Segundo ele, um montante foi enviado a Belo Horizonte, mas ele não soube precisar se o destinatário seria de fato o senador mineiro.
“Mandei, sim, dinheiro para Belo Horizonte, mas não fui eu que fui lá entregar. A mim não foi dito que era para o Anastasia, mas quem foi lá entregar foi o Jaime Careca, só ele pode dizer para quem ele entregou. Eu mesmo recebi um endereço e o nome e mandei ir lá entregar. E esse nome, eu me lembro muito bem, não era Anastasia, tinha um outro nome e um endereço. Fiz inclusive uma notificação ao STF justificando esse depoimento do Jaime (Careca)”, afirmou o doleiro.
Em nota, o PSDB disse que “as referências feitas ao senador Aécio Neves são improcedentes e carecem de quaisquer elementos que possam minimamente confirmá-las”.
“Não se tratam de informações prestadas, mas, sim, de ilações inverídicas feitas por terceiros já falecidos, a respeito do então líder do PSDB na Câmara dos Deputados, podendo, inclusive, estar atendendo a algum tipo de interesse político de quem o fez à época”, cita a nota.
“Na declaração feita hoje, diante da pressão de deputados do PT, Youssef repetiu a afirmativa feita meses atrás: de que nunca teve qualquer contato com o senador Aécio Neves e de que não teve conhecimento pessoal de qualquer ato, tendo apenas ouvido dizer um comentário feito por um terceiro já falecido.”
(G1)
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