A presidente Dilma Rousseff (PT) estuda substituir o ministro da Casa
Civil Aloizio Mercadante por um nome que atue como uma espécie de
"primeiro-ministro" e que não seja filiado ao PT.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, assessores do
Planalto afirmam que a líder nacional apercebeu que precisa fazer um
"movimento de impacto", com ressonância política, para tentar sair da
grave crise que paralisa o governo.
A petista avalia substituir seu braço direito até mesmo por alguém de
fora da política, mas que tenha receptividade na base aliada e na
oposição, na tentativa de melhorar a governabilidade e diminuir o número
de derrotas que vem sofrendo no Congresso. Não é a primeira vez,
contudo, que a possibilidade de saída de Mercadante como parte da
solução para a crise é especulada. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendia junto a Dilma a troca de Mercadante pelo ministro da
Defesa e ex-governador baiano, Jaques Wagner (PT).
Ainda segundo o diário paulista, o PMDB, partido do vice-presidente
Michel Temer, também já pediu a saída de Mercadante, justificando não
ter bom entendimento com o ministro, que participa da articulação
política e é considerado voluntarista e centralizador. Segundo relatos
de interlocutores, a própria presidente avalia que ele falhou nas
principais negociações estratégicas no início de seu segundo mandato.
Mercandante deve ser transferido para
outra pasta na reforma da Esplanada que a presidente promete como uma
das saídas para o deficit fiscal de R$ 30,5 bilhões apresentado na
semana passada, por sua equipe econômica, na proposta orçamentária para o
ano que vem.
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