Eliyashiv Drori, enólogo da Ariel que liderou a pesquisa, seguiu o marawi – também chamado de hamdani – e as uvas jandali até o ano 220 a.C., baseado em uma referência no Talmude da Babilônia.
"As nossas escrituras estão cheias de vinhos e uvas – antes dos franceses começarem a pensar em fazer vinhos, estávamos exportando a bebida. Temos uma identidade muito antiga e, para mim, reconstruí-la é importante. É uma questão de orgulho nacional."
O redesenvolvimento de castas locais, no entanto – como tantas coisas nessa terra contestada – não está livre de fricção política. Ela vem junto com as novas diretrizes de rotulagem polêmicas lançadas pela União Europeia, que exigem que os vinhos da Cisjordânia e das Colinas de Golã tenham uma etiqueta dizendo que foram feitos em assentamentos israelenses. E os palestinos têm suas próprias reivindicações de propriedade sobre essas uvas.
Para os produtores de vinho de Israel, a
busca por castas novas/velhas é uma oportunidade de distinguir seus
produtos em um mercado global competitivo em que eles têm poucas
esperanças de ser melhores, por exemplo, do que um chardonnay francês.
Os arqueólogos e geneticistas estão testando novos métodos para analisar
velhas sementes queimadas. Na luta sem fim entre israelenses e
palestinos, é uma busca para reafirmar as raízes judaicas na terra
santa.
Mas a Recanati não é a primeira a vender
vinho dessas uvas. A Cremisan, uma pequena vinícola perto de Belém, onde
os palestinos são sócios de monges italianos, vem usando hamdani,
jandali e outras frutas locais desde 2008.
As informações são do The New York Times.
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