O desembargador Cândido Ribeiro, presidente do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região, no Distrito Federal, derrubou na noite desta quinta-feira
(17) a liminar da Justiça Federal de Brasília que havia suspendido a
nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma outra liminar,
da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que também suspendeu o decreto de
nomeação da presidente, continua valendo . A
decisão de Ribeiro derruba apenas o despacho do juiz Itagiba Cata Preta
Neto, que se baseou nos áudios divulgados de conversas de Lula com
vários interlocutores para afirmar que a ida do ex-presidente à Casa
Civil "implica na intervenção direta" do Executivo nas atividades do
Poder Judiciário. No Supremo Tribunal Federal (STF), há, até agora, 10
ações que questionam a posse de Lula na Casa Civil. Eles foram propostos
por partidos de oposição - PSDB, PSB e PPS - e também por pessoas
comuns, advogados e entidades. A maioria deles, seis, está sob a
relatoria do ministro Gilmar Mendes, considerado mais crítico ao governo
na Suprema Corte.
(Fonte:Bahia Noticias)
Juíza do Rio
também suspende posse de Lula em ministério
por Alfredo Mergulhão e Luciana Nunes Leal | Estadão Conteúdo
|
Foto: Reprodução/ YouTube |
A Justiça Federal do Rio de Janeiro concedeu liminar, no fim da tarde
desta quinta-feira (17) que anula o ato de nomeação do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.
Pela manhã, a Justiça Federal do Distrito Federal já havia suspendido a
posse, que aconteceu ainda nesta quinta em solenidade no Palácio do
Planalto. A juíza da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Regina Coeli
Formisano, deferiu liminar pedida em ação popular dos advogados Thiago
Schettino Gondim Coutinho e Murilo Antônio de Freitas Coutinho. A juíza
entendeu que a nomeação de Lula, feita pela presidente Dilma Rousseff,
"tem por objetivo, tão somente, conceder-lhe foro privilegiado, inerente
ao cargo (...), incorrendo assim em desvio de finalidade e ilegalidade
do objeto". A magistrada destacou que o ex-presidente está "sob
investigação, na Justiça Federal do Paraná, acusado de crimes os mais
diversos". Na avaliação da juíza, "a intenção da presidente da
República, era, exatamente, 'blindar' referido cidadão e redirecionar os
processos referentes à Operação Lava Jato para a Suprema Corte
Nacional". Ela lembrou que sete dos onze ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF) "foram indicados pelo partido do governo". "Longe desta
magistrada julgar tão ilustres ministros, como se estes fossem descurar
da lei e atuar politicamente em favor dos que os escolheram para tão
relevante cargo na nação brasileira. No entanto, tal proceder fere de
morte o princípio constitucional do juiz natural e o sistema jurídico
brasileiro. Por outro lado, não se afigura razoável que a Presidente da
República deste País, tente obstruir o curso da Justiça em qualquer grau
de jurisdição", afirmou a juíza na decisão. A Advocacia Geral da União
(AGU) anunciou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal - 2ª Região
(TRF-2), segunda instância da Justiça Federal do Estado.
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