A taxa de desemprego no trimestre móvel encerrado em fevereiro deste
ano foi estimada em 10,2% para a totalidade do país, ficando 1,2 ponto
percentual acima da taxa do trimestre encerrado em novembro de 2015 (9%)
e superando a do mesmo trimestre do ano anterior, que havia sido de
7,4%. O Brasil tem hoje 10,4 milhões de pessoas sem ocupação.
Os dados do desemprego foram divulgados hoje (20) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua). Este é o
maior resultado da série histórica iniciada em 2012 e chega pela
primeira vez aos dois dígitos.
A pesquisa indica que o desemprego atingia no fechamento do trimestre
encerrado fevereiro 10,4 milhões de pessoas, crescendo 13,8% (mais 1,3
milhão de pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro do ano
passado. No confronto com igual trimestre do ano passado (dezembro,
janeiro e fevereiro) a alta do desemprego chegou a 40,1% (mais 3 milhões
de pessoas).
Já a população ocupada constatada pelo IBGE no fechamento do trimestre
encerrado em fevereiro era de 91,1 milhões de pessoas, apresentando
redução de 1,1%, quando comparada com o trimestre de setembro a novembro
de 2015 (menos 1 milhão de pessoas). Em comparação com igual trimestre
de 2015, houve queda de 1,3% (menos 1,2 milhão de pessoas).
Os dados indicam que o número de empregados com carteira assinada no
setor privado apresentou queda de 1,5% frente ao trimestre de setembro a
novembro de 2015 (menos 527 mil pessoas). Na comparação com igual
trimestre do ano anterior, a redução foi de 3,8% (menos 1,4 milhão de
pessoas).
Rendimento
Os dados divulgados hoje pelo IBGE sobre a Pnad Contínua do trimestre
encerrado em fevereiro indicam que o rendimento médio real recebido pelo
trabalhador brasileiro fechou fevereiro em R$ 1.934, ficando estável
frente ao trimestre de setembro a novembro de 2015, que foi de R$ 1.954.
No entanto, houve queda de 3,9% quando a comparação se dá com o mesmo
trimestre do ano passado (R$ 2.012).
Já a massa de rendimento real habitualmente recebida pelas pessoas
ocupadas em todos os trabalhos fechou fevereiro em R$ 171,3 bilhões, uma
redução de 2% em relação ao trimestre de setembro a novembro do ano
passado e redução de 4,7% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Carteira de trabalho
A queda de 1,5% no total de trabalhadores com carteira assinada no
trimestre fechado em fevereiro significa que 527 mil trabalhadores do
setor privado deixaram o mercado formal. Na comparação com igual
trimestre do ano passado (período de um ano), a redução foi de 3,8%
(-1,4 milhão de pessoas).
Já a categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho
assinada apresentou redução de 3,8% (-382 mil pessoas) em relação ao
trimestre de setembro a novembro de 2015 e de - 4,8% (-493 mil pessoas)
quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
A participação de empregadores apresentou redução de 5,8% (-233 mil
pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2015 e, em
relação ao mesmo trimestre de 2015, caiu 5,4% (-215 mil pessoas).
Já a categoria dos trabalhadores por conta própria acusou aumento de
3,0% (676 mil pessoas) em relação ao trimestre de setembro a novembro de
2015 e, na comparação com o mesmo trimestre de 2015, constatou-se
aumento de 7,0% (1,5 milhão de pessoas).
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis,
utilizando-se informações dos últimos três meses consecutivos da
pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em fevereiro de 2016 foi
calculada a partir de dados coletados em dezembro/2015, janeiro/2016 e
fevereiro/2016.
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