Afastado do cargo de presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou no início da tarde desta quinta-feira (7) a renúncia ao posto. O peemedebista convocou uma coletiva para dar a informação e leu a carta de renúncia que foi protocolada na Mesa Diretora da Casa. Nos bastidores, o gesto seria uma tentativa de evitar, por acordo, a cassação do seu mandato parlamentar. Agora, a Casa tem cinco sessões para realizar novas eleições para o cargo.
"Sofri e sofro perseguições em função de pautas abordadas e estou pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Resolvi ceder ao apelo generalizado dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa está acéfala devido a uma interinidade bizarra", classificou Cunha.
Sua renúncia vinha sendo especulada nas últimas semanas. Cunha quer um acordo dos líderes para antecipar eleição da Câmara para o início da próxima semana. O nome pelo qual ele tem predileção para ocupar o mandato tampão pelos próximos meses é do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), mas há pelo menos 12 candidatos informais na Casa para disputar o pleito.
Em maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou o afastamento do parlamentar da presidência do Legislativo com o argumento de que ele estaria atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.
"Além de representar risco para as investigações penais sediadas neste Supremo Tribunal Federal, [a permanência de Cunha] é um pejorativo que conspira contra a própria dignidade da instituição por ele liderada", escreveu Teori Zavascki, ministro do STF que foi responsável pela ação impetrada pela Procuradoria Geral da República em dezembro.
Com informações da Folhapress.
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