Dilma propõe novo plebiscito sobre eleições - David Gouveia Notícias

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16/08/2016

Dilma propõe novo plebiscito sobre eleições

Em coletiva no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (16), a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) leu uma carta batizada como "Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro", cujo teor versa sobre sua defesa informal ao processo impeachment, visto que a petista espera agora o julgamento final que poderá afastá-la em definitivo. Ela admitiu erros e propôs um plebiscito sobre a antecipações das eleições presidenciais de 2018.

A presidente quer o apoio de senadores para a votação do impeachment e tenta reverter o quadro que até então é desfavorável.

"Meu retorno poderá contribuir decisivamente para o surgimento de uma nova e promissora realidade política. Minha responsabilidade é grande. Na jornada para me defender do impeachment, me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, receber seu carinho. Ouvi críticas duras ao meu governo. Há erros cometidos e medidas políticas que não foram adotadas", diz.

"Todos sabemos que há um impasse gerado pelo esgotamento do sistema político, seja pelo número excessivo de partidos, pelas práticas políticas questionáveis a exigir profunda transformação nas regras vigentes. Estou convencida da necessidade e darei apoio irrestrito à convocação de plebiscito para consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral", leu em outro trecho da carta.

Além de propor o plebiscito, a presidente afastada também defendeu a aprovação de uma "ampla e profunda" reforma polífica no país com o objetivo, segundo ela, de moralizar as campanhas eleitorais e dar mais poderes aos eleitores.

“O que peço aos senadores e senadoras é que não se façam a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente. A vida me ensinou o sentido mais profundo da esperança. Resisti ao cárcere e à tortura. Gostaria de não ter que resistir à fraude e à mais infame injustiça”, declarou na mensagem dirigida ao Senado.

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