A superintendência da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva por crime eleitoral contra Garotinho. O órgão afirmou que daria mais informações sobre o tipo do crime ao longo do dia, já que a operação ainda está em andamento. Garotinho deve ser levado inicialmente para a sede da PF no Rio e, em seguida, conduzido para Campos, ainda nesta quarta-feira.
— Ele é lider de uma organização criminosa. Usou o programa Cheque Cidadão para comprar votos e, consequentemente, fraudar as eleições em Campos — diz o delegado Paulo Cassiano, da Polícia Federal de Campos, responsável pela operação.
De acordo com o delegado, Garotinho ainda está no Rio, mas será levado nesta quarta-feira para Campos. Lá, ele será conduzido a uma delegacia e, em seguida, irá para o presídio.
A filha de Garotinho, a deputada federal Clarissa Garotinho, deixou às pressas a reunião com o governador Luiz Fernando Pezão no Palácio Guanabara e a bancada federal do Rio sobre a crise financeira no Estado. Ela foi direto para a superintendência da Polícia Federal do Rio.
No último dia 12, o advogado criminalista Fernando Fernandes impetrou um habeas corpus com pedido de liminar para garantir que o Juízo da 100ª Zona Eleitoral não decretasse qualquer prisão provisória contra o político.
O advogado Jonas Lopes Neto, que representa a defesa de Garotinho, classifica a prisão como arbitrária e indevida.
— A prisão é baseada em fatos totalmente inverídicos e nós estamos bastante confiantes de que vamos conseguir em breve a liberdade dele — diz.
De acordo com o advogado, a defesa de Garotinho irá impetrar pedidos de habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral para tentar reverter a prisão.
Outros presos
Desencadeada
no dia 26 de outubro, a segunda fase da operação também levou à prisão o
vereador Kellinho (PR) e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele
Koch. Três dias depois, foi a vez do vice-presidente da Câmara, Thiago
Virgílio, do mesmo partido de Linda Mara. Ele já estava afastado de suas
funções e proibido de entrar no prédio do Legislativo.
Na
primeira fase da operação, em 19 de outubro, foram presos os vereadores
Miguel Ribeiro machado, de 51 anos, e Ozéias Martins, de 47. Ambos
também tentaram evitar a prisão com habeas corpus, mas tiveram os
pedidos negados pela Justiça.
De acordo com a PF,
eles colhiam documentos de eleitores para cadastrar eleitores no Cheque
Cidadão. Segundo as investigações, a prática causou uma explosão na base
social do programa, elevando o volume de benefícios em mais de 100% de
junho de 2016 a ocasião.
Entre os 30 mil beneficiários do cheque cidadão, o MP aponta que 18 mil fariam parte do esquema, com um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.
Entre os 30 mil beneficiários do cheque cidadão, o MP aponta que 18 mil fariam parte do esquema, com um desperdício de R$ 3,5 milhões por mês.
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