As investigações estão sendo feitas pela
Sesab, pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA), à cargo do professor e pesquisador Gúbio Soares, que analisa
algumas amostras de material colhido. Somente na próxima semana o
resultado da pesquisa pode ser divulgado.
Ao Estadão, a coordenadora de Vigilância
em Saúde, Isabel Guimarães, explicou que os sanitaristas estão
realizando um levantamento aprofundado sobre os pacientes para detectar
pontos comuns que possam indicar a origem do problema.
Até então, a única coincidência é a
ingestão do peixe olho-de-boi, ou arabaiana, na maioria dos casos
adquirido em praias do litoral norte da Bahia. Os sintomas começaram a
surgir horas após os pacientes terem comido o peixe.
Inicialmente, a Sesab pensou se tratar de
uma doença transmitida por gotículas, já que os primeiros pacientes
pertenciam a uma mesma família, e o quadro clínico apresentado é
compatível com uma variante da Síndrome de Mialgia Epidêmica, também
conhecida como Doença de Bornholm.
Enquanto os especialistas tentam detectar
o que está provocando o problema, o presidente da Associação de
Pescadores de Guarajuba e Monte Gordo, Raimundo da Cruz, diz que
vendedores ambulantes da região estariam comercializando pescado
misturado com formol. O objetivo é tentar passar um peixe, nem sempre
pescado na hora, como fresco, além de enganar os turistas sobre a
espécie do pescado. "Eles oferecem um tipo, como se fosse outro, o
turista acaba comprando gato por lebre", diz ele.
(Bocão News)
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