O salário mínimo vai aumentar dos atuais R$ 880,00 para R$ 937,00 a
partir de 1º de janeiro. O governo autorizou uma elevação de 6,74%,
estimativa do Ministério da Fazenda para a inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. O reajuste deve
injetar R$ 38,6 bilhões na economia do ano que vem, o equivalente a
0,62% do PIB, de acordo com o Ministério do Planejamento.
O
reajuste ficou menor do que o projetado pelo próprio governo. Em
outubro, quando enviou a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Congresso, a
União estimava que o salário mínimo em 2017 seria de R$ 945,80. A
projeção considerava uma inflação de 7,5% neste ano. "Em virtude da
inflação menor em 2016, o reajuste será menor do que o previsto na LOA",
informou o Ministério do Planejamento.
A política de valorização
do salário mínimo foi uma marca do governo petista. Ela estabelece que o
valor seja corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo INPC, e
pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Essa norma foi aprovada em lei e valerá até 2019.
Em 2015, o País
registrou uma queda de 3,77% na atividade econômica, de acordo com o
IBGE. Quando há recessão, o desempenho do PIB não é considerado para o
cálculo do salário mínimo. No acumulado do ano, até novembro, o INPC
está em 6,43%. "Trata-se, portanto, de aplicação estrita da legislação",
informou a pasta.
No ano passado, o salário mínimo teve reajuste
de 11,6%, passando de R$ 788,00 para R$ 880,00. A maior contribuição
para o aumento também veio da inflação. Desse reajuste, 11,57 pontos
porcentuais corresponderam à inflação e 0,1 ponto porcentual ao
crescimento do PIB em 2014.
Agência Estado
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