Conhecido como "Capetinha", o campeão mundial com a seleção brasileira
em 2002 está preso desde a última terça-feira (15) por inadimplência no
pagamento de pensão alimentícia a um de seus filhos. Ele estava
anteriormente na sede da Polinter (Polícia Interestadual), também na
capital baiana.
Edilson e outros homens que também haviam sido detidos por problemas
relacionados a pensão foram levados ao Centro de Observações Penais. A
defesa do ex-jogador já entrou com petição de soltura e diz que falta
apenas um comprovante de pagamento dos três últimos meses devidos por
ele.
"O advogado, para atrasar e burlar, fez carga do processo só hoje
[quinta-feira]. Eu não vou fazer acordo. A estratégia é pagar três
meses, o que é praxe", relatou Eduardo, sobrinho do ex-jogador e
responsável pela defesa. O expediente já havia sido usado em 2016,
quando Edilson também foi preso por ter deixado de pagar parcelas da
pensão alimentícia.
Aquela foi a segunda passagem de Edilson pela prisão por atraso no
pagamento de pensão alimentícia. O ex-jogador foi preso em 2014 pelo
mesmo motivo, e desde então tem questionado o valor estipulado —dez
salários mínimos por mês. A dívida total já chegou a R$ 430 mil.
Neste ano, em mandado expedido em maio, a 2ª Vara da Família, em
Brasília (DF), diz que Edilson deixou de cumprir o acordo que havia
feito anteriormente e acumulou novo débito. O valor é pouco superior a
R$ 25 mil.
Enquanto ainda estava na Polinter, Edilson recebeu também uma
notificação do Tribunal Regional do Trabalho. O ex-jogador foi acionado
por um músico que trabalhava com a cantora Kátia Guima, cujos shows eram
comercializados pela ED10, empresa do Capetinha.
Segundo o TRT, a ED10 contabiliza mais de 20 processos movidos por
ex-funcionários e subcontratados. As dívidas trabalhistas, de acordo com
o órgão, ultrapassam a marca de R$ 8 milhões —valor que o estafe de
Edilson contesta.
"Realmente há ações trabalhistas", admitiu Eduardo. "Mas a notificação
que ele recebeu nesta semana foge dessa demanda. Foi uma audiência de um
músico que tenta localizar o Edilson há dois anos, mas o Edilson não
era empresário da banda. Ele apenas comercializava os shows", completou
Eduardo.
Por Folhapress
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