Família interrompe velório em cidade do Paraná após achar que o morto estava vivo - David Gouveia Notícias

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09/08/2017

Família interrompe velório em cidade do Paraná após achar que o morto estava vivo

Os familiares de um homem de 44 anos passaram por um susto na manhã desta quarta-feira. Morador de São José das Palmeiras, no Paraná, Neimar Bonetti teve morte constatada em um hospital na noite de terça. Entretanto, durante o velório, em Santa Helena, a 609km de Curitiba, parentes acharam que o corpo "ainda estava quente". Apavorados, chamaram um médico que, num exame, identificou batimentos cardíacos. Foi feita a remoção para uma emergência, onde, em nova avaliação, a morte foi confirmada.

O velório recomeçou, e Neimar, que morava num assentamento de sem-terra e, ao que tudo indica, morreu por infarto, será enterrado às 17h desta quarta-feira. Mas, na pequena cidade de cerca de 23 mil habitantes, os moradores chegaram a pensar que tinha ocorrido um milagre. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o homem aparece dentro caixão, enquanto um oxímetro (aparelho usado para medir a frequência cardíaca) em seu dedo mostra a presença dos batimentos.



A dona da funerária responsável pelo preparo do corpo, Terezinha Maria, contou que quando o médico constatou os batimentos no meio do velório foi uma comoção. Ela explicou que após passar por um tanato, procedimento em que são retirados sangue e fluidos corporais que permanecem no corpo, o homem só poderia estar vivo por um milagre. 

— Com 43 anos de funerária foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. Não existe fazer tanato com a pessoa e ela continuar viva, só por milagre. Eu fui para casa, mas falei que quando chegasse a hora colocaria ele de volta no caixão — contou Terezinha. 

O médico responsável pelo atendimento no velório, Fernando Santim, explicou que precisou levar o homem até o hospital para fazer outros exames para confirmar se estava vivo ou não. No hospital, foi feito um eletrocardiograma, um exame clínico e Neimar foi avaliado por outros dois médicos que constataram a morte. 

— Normalmente, o coração depois do óbito ainda emite uma atividade elétrica por algum período. Eu fui acionado junto com uma enfermeira e levei um oxímetro que constatou o pulso, mas precisei levar para o hospital para confirmar. A gente entende a família, mas o que eu fiz foi só tranquilizá-los. Se estivesse vivo, nós tomaríamos as providências, mas realmente ele estava em óbito — explicou Santim.

 extra.globo

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