O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (22)
aceitar o julgamento de recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) para não ser preso. Foram sete votos nesse sentido, contra
quatro pela rejeição à possibilidade de julgar o habeas corpus
preventivo.
O fato de os ministros terem aceito julgar o HC não
significa que a corte irá aceitá-lo. O Supremo ainda não chegou a
analisar o pedido principal da defesa de Lula, de que o presidente só
possa ser preso após esgotados todos os recursos judiciais.
Votaram
pela admissibilidade do recurso os ministros Alexandre de Moraes, Rosa
Weber, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio
Mello e Celso de Mello. Já Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e
a presidente Cármen Lúcia votaram por não julgar o habeas corpus.
O
ministro Luiz Edson Fachin defendeu que o tribunal não julgue o recurso
da defesa do ex-presidente. Segundo o relator do processo, não seria
possível a defesa apresentar habeas corpus, tipo de recurso utilizado,
neste momento do processo.
A defesa de Lula recorreu da decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que negou pedido dos advogados.
Lula
briga na Justiça para evitar sua prisão com a conclusão do julgamento
do processo contra ele pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O
TRF-4 deve concluir o julgamento na próxima segunda-feira (26).
Para Fachin, neste caso seria preciso que a defesa de Lula apresentasse um recurso ordinário e não um habeas corpus.
22/03/2018
Maioria no STF decide por análise do pedido de Lula contra prisão
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David Gouveia Notícias
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