Preservado na Biblioteca Nacional da Suécia, em Estocolmo, um
manuscrito de mais de 90 cm de altura por mais de 50 de largura, além de
medir mais de 20 cm de espessura e com um peso de cerca de 75 quilos, o
‘Codex Gigas’ é conhecido popularmente como ‘A Bíblia do Diabo’. Conta a
lenda que o material foi escrito por um monge no século XIII, que
estava preso, na região que hoje corresponde à República Tcheca. Para
escapar da condenação, decidiu fazer um trato com seus superiores,
propondo que o seu crime fosse perdoado em troca de que ele produzisse
uma cópia da bíblia — e de diversos outros escritos — à mão em apenas
uma noite. Pelo tamanho e material disponível na época (luz de velas,
uso de tinta, penas e pergaminhos), tal façanha seria impossível de ser
realizada.
Os superiores concordaram, pois, se o monge não cumprisse com o
acordado — o que era óbvio —, ele seria sentenciado. Porém, se
produzisse o material prometido em tão pouco tempo, isso seria um
milagre que, por sua vez, atrairia milhares de peregrinos (e muito
dinheiro) para o mosteiro. Como sabia que seria humanamente impossível
ser feito tal material, ainda segundo conta a lenda, o monge decidiu
fazer um ‘pacto com o diabo’. O livro foi confeccionado com pele de
vitelo e de asno e é o maior manuscrito medieval de que se tem notícia.
Segundo os especialistas, o livro realmente parece ter sido escrito
por uma única pessoa, mas em vez de ser produzido em apenas uma noite, o
habilidoso escriba deve ter levado mais de 20 anos para concluir o
trabalho. Além disso, uma pequena dedicatória — “Hermanus Inclusus” ou
“Herman, o recluso” ou ainda “Herman, o enclausurado” —, ao final do
manuscrito também dá algumas pistas sobre a suposta condenação do monge.
O manuscrito pode ser conferido através deste link, no site da biblioteca sueca.
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David Gouveia Notícias
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