Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes abordou duas questões que envolvem os dois líderes das pesquisas eleitorais na disputa à presidência, Jair Bolsonaro (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do portal jurídico Jota.
O magistrado opinou que o Judiciário contribuiu para o discurso de vitimização do ex-presidente, criando um “mártir”. Ele diz ainda no cenário internacional a tese de que o petista enfrenta uma prisão política passou a ser aceita.
Gilmar recomendou cautela em relação ao tratamento dispensado às campanhas de Lula e Bolsonaro, para não provocar efeito contrário. Gilmar sustenta ainda que uma prova disso seria que o petista tinha 25% dos votos em pesquisas enquanto estava fazendo caravana pelo país antes da prisão e, depois de ir para a carceragem, os levantamentos apontam que já chega aos 40%.
“Nós já produzimos esse desastre que aí está. Ou as pessoas não percebem que nós contribuímos com a vitimização do Lula? Estamos produzindo esse resultado que está aí”, disse.
“Quando você coloca Lula com 40% ou ganhando no primeiro turno, você tá dizendo: “banana pra Lei da Ficha Limpa. Conversei com o pessoal da comissão da OEA [Organização dos Estados Americanos], a visão deles é que no exterior colou a ideia de que ele é um perseguido político”, afirmou.
O ministro defende ainda que a Constituição não impede que réu em ação penal assuma a presidência da República e que uma interpretação diferente seria um “assanhamento”. Jair Bolsonaro responde a duas ações penais no Supremo: uma delas por suposta prática de apologia ao crime de estupro e outra por injúria racial.
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