A Revista Veja publicou nesta sexta-feira (5) extensa reportagem
sobre as conversas vazadas entre procuradores do MPF e o ex-juiz
federal Sérgio Moro. Segundo a revista, através de análise de 649 551
mensagens, fica claro que Moro atuou como chefe do MPF, pedindo a
inclusão de provas em processos, mandando acelerar ou retardar operações
e fazendo pressão contra delações.
Em reportagem publicada na edição desta sexta-feira, a Veja comprovou a veracidade de mensagens vazadas por fonte anônima ao Intercept
e apontou que o caso é ainda mais grave do que havia sido publicado até
o momento. Segundo a matéria, “Moro cometeu, sim, irregularidades” e
“comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição
incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado”.
Entre as incorreções do ex-juiz, os diálogos mostram que Moro pediu
que a acusação incluísse provas nos processos que chegariam às suas
mãos, mandou acelerar ou retardar operações e ainda fez pressão para que
determinadas delações não andassem, como a de Eduardo Cunha. Pelas
mensagens pode se notar que o ex-juiz dava bronca e “corrigia” peças dos
procuradores.
A revista destaca avaliação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
Eros Grau. “O juiz deve aplicar a lei porque na terra quem manda é a
lei. A justiça só existe no céu. Quando o juiz perde a imparcialidade,
deixa de ser juiz”, destaca Grau, em tese sobre o papel de um
magistrado.
Fonte:revistaforum.com.br
05/07/2019
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Vaza Jato: Em parceria com The Intercept, Veja analisa 650 mil conversas e diz que Moro cometeu, sim, irregularidades
Vaza Jato: Em parceria com The Intercept, Veja analisa 650 mil conversas e diz que Moro cometeu, sim, irregularidades
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