Caso Marielle: PM confirma à PF propina para delegacia do Rio - David Gouveia Notícias

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02/09/2019

Caso Marielle: PM confirma à PF propina para delegacia do Rio

Em depoimento, Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, afirmou que levava dinheiro de suborno a mando do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica

Foto: Reprodução/Facebook

O policial militar Rodrigo Jorge Ferreira afirmou em depoimento à Polícia Federal que levava dinheiro de suborno a policiais da DH (Delegacia de Homicídios da Capital), no Rio, a mando do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.

A declaração de Ferreirinha, como é conhecido o PM, consta no inquérito da PF que concluiu que ele e sua advogada obstruíram a investigação do duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes. As informações foram reveladas em reportagem do portal UOL nesta segunda-feira (2).

Segundo o site, o relato endossa a reportagem publicada pelo UOL em 4 de abril de 2019, que revelou que a PF encontrou provas de corrupção na DH da Capital, órgão da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Em depoimento, Ferreirinha confessou também que havia prestado falso testemunho ao incriminar Curicica e o vereador Marcelo Sicilliano (PHS-RJ) como mandantes do atentado.

Em 22 de fevereiro deste ano, uma sexta-feira, ele foi ouvido pelos delegados federais Leandro Almada e Milton Neves, na sede da Superintendência da PF no Rio.


Quando decidiu incriminar Curicica e Sicilliano, o PM apresentou primeiro sua história inventada a outros três delegados federais, em maio do ano passado.

A certa altura do interrogatório, Almada questionou o motivo de Ferreirinha não ter procurado diretamente a DH, já que essa delegacia chefia a investigação sobre as mortes de Marielle e Anderson.

“Porque como eu relatei antes, quando o Ricardo era vivo, eu levava dinheiro lá [na DH]. Eu não me sentia seguro de ir lá”, respondeu Ferrerinha.

Procurada pelo UOL, a Secretaria de Estado da Polícia Civil do Rio de Janeiro não quis se pronunciar porque o Caso Marielle “continua em sigilo”.

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