Na série histórica dos últimos 10 anos, segundo dados obtidos pela Folha de S. Paulo, o semestre anterior à entrada de Moro no governo foi o que registrou pico de produtividade, com 360 ações entre julho e dezembro, uma média de 1,9 por dia. Já na primeira metade do ano passado, a PF fez 269 operações, média de 1,4 por dia, contra 1,1 entre janeiro e junho de 2019.
Os resultados da atual gestão só ficam à frente dos registrados até o primeiro semestre de 2014, com 178 operações, período que marca o início da Operação Lava Jato. Para a Polícia Federal, vários fatores podem ter impactado o desempenho, como a queda de 10% do efetivo policial na ativa desde 2016.
O órgão também alegou que houve alta na quantidade de apreensões, apesar da queda nas ações. Para os casos de crime organizado, facções criminosas e crimes violentos, foram recolhidos R$ 548,1 milhões em patrimônio de investigados de janeiro a julho deste ano, mais que em todo 2018 (R$ 451,5 milhões).
Já quanto à apreensão de drogas, até agosto deste ano, foram 67 toneladas de cocaína, quase o total de todo o ano passado. No mesmo período, foram recolhidos 364,8 mil comprimidos de ecstasy, contra 295,3 mil em todo 2018.
Questionada se houve redução de verba para as ações, a pasta pontuou que o orçamento discricionário da PF "vem sendo majorado nos últimos anos" e cresceu 9% em 2019, ante 2018.
De acordo com dados levantados no início do mês pelo BNews, em 2020 a Polícia Federal vai ter de se virar com quase metade dos recursos previstos para o exercício, com corte no orçamento que supera 35%. Já os órgão vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública têm previsão de perda de 90,32%, com queda de cerca de R$ 15 bilhões.
Fonte: BNews
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