Um ex-policial militar, suspeito de ter envolvimento
na morte da vereadora carioca Marielle Franco, foi morto durante uma
ação da polícia na cidade de Esplanada, no interior da Bahia. Adriano
Magalhães da Nóbrega, conhecido como capitão Adriano, foi morto na manhã
deste domingo (9). Ele é acusado de liderar uma das maiores milícias do
Rio de Janeiro.
De acordo com informações da Secretaria da Segurança
Pública (SSP), Adriano começou a ser monitorado por equipes de
inteligência da SSP após a informação de que ele teria buscado
esconderijo na Bahia. Ele foi encontrado em um imóvel na zona rural de
Esplanada.
Ainda segundo a SSP, Adriano resistiu à abordagem e
disparou contra os policiais. Houve troca de tiros e ele acabou sendo
ferido. Ele teria sido levado para um hospital da região, mas não
resistiu.
"Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros
estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional.
Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando",
comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles
Barbosa.
Foram encontradas com ele uma pistola austríaca
calibre 9mm e outras três armas. Participaram da operação equipes do
Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia
Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da
Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança
Pública.
Quem é Adriano?
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano comandava o Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel. Segundo informações do Uol, há suspeitas de que membros do Escritório tenham participação na morte de Marielle.
Ainda segundo reportagem do Uol, Adriano entrou no
Bope em 1996, e fez o curso de operações especiais do Bope, onde
conheceu Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos
depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para
trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República,
Jair Bolsonaro.
Adriano foi um dos homenageados por Flávio Bolsonaro
com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia
Legislativa do Rio, em 2005, enquanto estava preso sob acusação de
homicídio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário