O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) distribuiu
4.878.700 comprimidos de cloroquina no país durante a pandemia da
covid-19, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O medicamento
defendido pelo presidente não tem eficácia comprovada contra o novo
coronavírus e o custo total informado pela pasta foi de R$ 232.806,00
até o momento.
Um estudo publicado, em
22 de julho, na revista Nature demonstrou que a cloroquina não tem
eficácia no tratamento da covid-19. O estudo indicou que o remédio não é
capaz de prevenir a infecção das células pulmonares humanas pelo novo
coronavírus, e é improvável que a cloroquina impeça a propagação do
vírus no pulmão.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já classificou como "urgente" o abandono do remédio como medida de tratamento e pediu que o Ministério da Saúde reavalie a orientação de tratamento.
Distribuição da cloroquina por região:
-Nordeste: 1.597.500 comprimidos
-Norte: 1.440.000 comprimidos
-Sudeste: 1.167.000 comprimidos
-Sul: 492.200 comprimidos
-Centro-Oeste: 182.000 comprimidos
Clique aqui para ver lista completa de comprimidos distribuídos por UF
A
Unidade Federativa (UF) que recebeu a maior quantidade de comprimidos
foi São Paulo com 686 mil unidades, seguido por Alagoas com 442 mil
unidades, Pará com 439 mil unidades, Amazonas com 371 mil unidades e o
Rio Grande do Sul com 370.5 mil unidades.
A Bahia recebeu 81 mil comprimidos do medicamento, desde o início da pandemia, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Bolsonaro e a cloroquina:
O
presidente Jair Bolsonaro é um defensor do tratamento com cloroquina no
combate ao novo coronavírus. A postura do presidente em relação ao
medicamento ocasionou no pedido de demissão de dois ministros da Saúde,
Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Nelson Teich.
Atualmente o
ministério é comandado de forma interina por um militar da ativa,
Eduardo Pazuello, que após assumir ampliou a recomendação do tratamento
com o medicamento no país.
Após contrair o novo coronavírus,
Bolsonaro anunciou que seu tratamento seria realizado com o remédio.
Durante o tratamento, o presidente afirmou que é "uma prova viva" da
eficácia com o medicamento.
Cloroquina na Bahia:
A
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) determinou, em 21 de
julho, novas providências sobre o medicamento. O atual entendimento da
Sesab (Nota Técnica 77)
é de que "a cloroquina/hidroxicloroquina não seja utilizada para
tratamento ou prevenção da covid-19 em qualquer contexto que não seja de
um estudo de ensaio clínico".
O entendimento da Secretaria sobre
o medicamento foi atualizado após recomendações da Organização Mundial
da Saúde (OMS), alerta da SBI e revogação da utilização emergencial do medicamento pela FDA, agência que regulamenta o uso de medicamentos nos EUA.
Até 21 de julho, o entendimento da Sesab (Nota Técnica 41)
era de que o medicamento fosse disponibilizado "para uso nos pacientes
hospitalizados com covid-19, de forma complementar a todo tratamento de
suporte que venham necessitar, a critério e sob responsabilidade do
médico prescritor". Além disso, os pacientes precisavam se enquadrar em
uma das seguintes situações:
a) "Pacientes graves entendidos
aqueles com falta de ar (dispneia); ou frequência respiratória > 24
por minuto; ou SatO2 <95 cio="" de="" e="" entuba="" in="" mec="" necessitem="" nica="" o="" orotraqueal="" ou="" p="" que="" ventila="">b) "Pacientes com falência respiratória; ou uso de drogas vasoativas; ou falência de múltiplos órgãos".
Coronavírus no Brasil:
De
acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado, nesta
quarta-feira (29), pelo Ministério da Saúde, o país contabiliza
2.552.265 casos confirmados e 90.124 óbitos.
Coronavírus na Bahia:
De
acordo com dados do boletim epidemiológico divulgado, nesta
quarta-feira (29), pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o
estado registra 157.334 casos confirmados e 3.321 óbitos.
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David Gouveia Notícias
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