A TV Globo anunciou que vai recorrer da decisão da juíza Cristina Feijó, da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que proibiu divulgação de informações e documentos sigilosos extraídos da investigação criminal no escândalo da rachadinha, que envolve o senador Flávio Bolsonaro.
Em nota, a emissora disse que "respeita ordens judiciais, mas lamenta este cerceamento da liberdade de informação, uma vez que a investigação em questão é de interesse de toda a sociedade". "A Globo recorrerá da decisão assim que for notificada", declarou.
As investigações foram abertas em julho de 2018. Para os investigadores, o ex-assessor Fabrício Queiroz era o operador de um esquema de lavagem de dinheiro, chefiado por Flávio Bolsonaro, com parte dos salários repassados pelos servidores do gabinete do então deputado estadual.
A Associação Brasileira de Imprensa afirmou que "a censura parece estar se tornando praxe no país". A Associação Nacional de Jornais declarou que "qualquer tipo de censura é terminantemente vedada pela Constituição". A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo afirmou que "a censura prévia é inaceitável numa democracia, sobretudo quando o alvo da cobertura jornalística é uma pessoa pública".
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