Em uma das mensagens obtidas pela defesa de Lula, os procuradores da Lava Jato em Curitiba dizem ter encontrado "batom na cueca" no pedido de dinheiro feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à empreiteira.
No entanto, a decisão foi de não fazer nada, uma vez que FHC foi um dos articuladores do golpe de 2016, que teve como objetivo não apenas derrubar o PT, como também entregar o pré-sal e liquidar a soberania brasileira.
Em uma conversa com outros procuradores em 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon sugere que o MPF deveria investigar o Instituto FHC "concomitantemente" ao Instituto Lula e à LILS (empresa de palestras de Lula). Segundo o procurador, a ação responderia às críticas que a Lava Jato vinha sofrendo por, supostamente, atingir apenas alvos petistas.
Pozzobom fala sobre "fraturas expostas" no Instituto FHC que poderiam embasar as investigações. As "fraturas" são e-mails trocados entre Anna Mantovani, funcionária do ex-presidente, Manuel Diaz, representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, e o empresário Pedro Longhi a respeito de uma doação da Braskem, braço petroquímico da Odebrecht, ao instituto.
Mantovani escreve sobre "opções" de doação que a empresa poderia adotar, excluindo a possibilidade de palestra do ex-presidente. "Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do Presidente", escreve a funcionária.
“Querem mais batom na cueca?”, perguntou o procurador. Nada foi feito sobre o assunto, que foi deixado de lado pela Lava Jato.
A conversa está no relatório enviado pelo perito Claudio Wagner à defesa de Lula. O tema "batom na cueca" está à página 27. Veja a íntegra do relatório:
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