Feriado nacional, o 7 de setembro é um importante marco para a democracia brasileira. Foi nessa data, no ano de 1822, que Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil do Império Português. O domínio colonial exercido pelo país europeu durou mais de 300 anos.
Após a declaração, Dom Pedro foi aclamado imperador e recebeu o título de Dom Pedro I. Ainda assim, houve conflitos em províncias com maioria portuguesa, a exemplo da Bahia, que teria reconhecido somente em 1823 a independência após embates entre a população e soldados de Portugal. Em 1824, é adotada a primeira Constituição brasileira.
Para celebrar o Dia da Independência, todos os anos, são realizadas diversas comemorações públicas nas cidades. Em Salvador, na manhã deste 7 de setembro, será realizado um cerimonial de hasteamento da Bandeira em comemoração aos 199 anos da Independência do Brasil. O evento será no pátio do Comando do 2º Distrito Naval da Marinha, no Comércio.
Tradicionalmente, na capital baiana, as comemorações pela Independência do Brasil são organizadas pelas Forças Armadas, em regime de revezamento anual. A responsabilidade pelo evento este ano é da Marinha. Contudo, diante das restrições impostas pela pandemia, a comemoração estará restrita à Bandeira, cerimonial realizado em local aberto e cumprindo todos os protocolos previstos pelas autoridades sanitárias.
Tensão
Após semanas de tensão na relação com os demais poderes e estímulo a atos antidemocráticos no dia 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro recuou e mudou a postura, ao menos na publicação feita em rede social nesta segunda-feira (6), e pediu que os apoiadores saiam às ruas em uma missão de "paz e harmonia".
O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos disse estar preocupado com as ameaças dirigidas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e avisou que está "acompanhando de perto" a situação brasileira diante da convocação de atos para o dia 7 de setembro.
Segundo o colunista Jamil Chade, a entidade destacou que seu Escritório Regional para a América do Sul "reitera a importância de proteger o direito à liberdade de reunião pacífica, bem como suas preocupações com casos de discurso de ódio contra povos indígenas e ameaças contra instituições".
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