Foto:Arthur Menescal/Especial Metrópole |
Em evento evangélico realizado em Brasília na tarde desta terça-feira (5/10), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que é pastor, criticou o número de universidades públicas criadas em governos anteriores, sinalizando que há um excesso de instituições de ensino superior.
Seguindo o programa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro defendeu que o alicerce na educação brasileira deve ser o nível básico, com foco na alfabetização.
“O alicerce na educação é a alfabetização. Como é que se pode imaginar alguém construir uma casa começando pelo telhado? Quando falo em universidade, falam que foi democratizada, mas encheram de telhados e se esqueceram do alicerce. O que nós temos hoje: jovens que são analfabetos funcionais, não entendem o que leem”, disse Ribeiro.
De acordo com o titular da pasta federal, a maior parte das instituições de ensino superior precisa dar um reforço aos alunos. “Meninos que chegam para fazer engenharia sem saber regra de três. Essa é a situação, esse é o quadro”, criticou.
Milton Ribeiro e outros ministros de Estado participam do “Simpósio Cidadania Cristã”, promovido pela Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab). O evento é realizado na Igreja Batista Central, em Brasília, e deve contar ainda com a presença do presidente Bolsonaro.
Críticas ao PT
No pronunciamento desta terça-feira, Milton Ribeiro disse ainda que governos anteriores, mesmo com educadores e pessoas celebradas pelo mundo acadêmico à frente da pasta da Educação, conseguiram “colocar a educação pública brasileira em um nível tão ruim”.
O ministro, que está no governo federal desde julho de 2020, já atribuiu aos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) a qualidade da educação brasileira.
Para ele, os governos que antecederam a gestão de Bolsonaro deixaram “uma herança ruim” ao país. “Tivemos 20 anos de governo de esquerda, que levaram o país a essa situação. Eu estou colhendo frutos. Estou me esforçando em um ano de pandemia, com poucos recursos. Parece que o governo Bolsonaro é essa terra arrasada”, destacou ele, em setembro deste ano, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal.
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