Vagner Souza/BNews |
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, descartou, em entrevista à imprensa durante visita a Salvador nesta segunda-feira (29), reduzir o intervalo para aplicação da terceira dose por causa do surgimento da nova cepa Ômicron. "Não se pode querer uma ciência self-service. Para umas coisas se quer evidência científica, para outras é só opinião do secretário municipal."
A nova variante foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.
Atualmente, a terceira dose da vacina contra covid-19 deve ser aplicada em quem já foi vacinado há, pelo menos, cinco meses com a segunda aplicação.
Durante a entrevista, Queiroga disse que conversou ontem (28) com o diretor da OMS, Tedros Adhanom, mas não revelou detalhes sobre a conversa.
Variante sem desespero
O ministro da Saúde - que veio à capital baiana assinar convênio com a Pfizer para oferta de doses de vacinas contra covid-19 em 2022 - voltou a dizer que a variante Ômicron não deveria causar desespero. "É uma variante de preocupação, mas não é de desespero, porque temos um sistema de saúde capaz de dar respostas em caso de uma variante dessa ter uma letalidade um pouco maior", afirmou.
Queiroga também reforçou que o tratamento para essa nova cepa deve ser o mesmo já feito em relação a outras variantes. Durante a coletiva de imprensa, o ministro disse que a discussão sobre realização do Carnaval não é pauta do ministério.
"Quem define essas questões são os prefeitos. Eles que estão em contato com a população e conhecem a questão epidemiológica de seus municípios. Esse momento é de vigilância e observar o que vai acontecer em função dessa nova variante", disse.
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