"Essa chapa não é só para ganhar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que nós teremos para recuperar esse país", afirmou Lula ao lado de Alckmin
Carlos Siqueira, Geraldo Alckmin, Lula e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)
O ex-presidente Lula, em evento nesta sexta-feira (8) que marca a indicação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para ser candidato a vice-presidente, afirmou que a chapa com o ex-tucano visa não somente vencer a eleição presidencial, mas também garantir a governabilidade após o pleito.
Lula afirmou que governar o país após a eleição deverá ser mais difícil do que se eleger. "Aos companheiros do PT, queria dizer que esse acordo é uma demonstração do seu esforço [Gleisi Hoffmann, presidente do PT] para construir o melhor da política brasileira para que a gente possa ganhar essas eleições em 2022. Vamos estabelecer um critério de relação entre mim e o Alckmin. Daqui para frente você [Alckmin] não pode ser tratado como ex-governador e eu não posso ser tratado como ex-presidente, você me chama de companheiro Lula e eu te chamo de companheiro Alckmin. Isso signifca a gente tentar esclarecer a opinião pública de uma coisa que muita gente não percebia e agora está percebendo. Feliz era este Brasil quando a polarização se dava entre PSDB e PT, entre Lula e Serra, Alckmin, entre Suplicy e Fernando Henrique Cardoso, entre Dilma e Serra. Era uma política civilizada. Essa chapa [Lula-Alckmin], se for formalizada, não é só para ganhar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que nós teremos para recuperar esse país. Vamos conversar com toda a sociedade brasileira, com grandes, médios e pequenos empresários e vamos conversar muito com o povo trabalhador. Vamos tratar com o mesmo respeito o catador de papel e o empresário. Vamos tratar com o mesmo respeito o trabalhador sem-terra e um grande fazendeiro. Queremos governar esse Brasil para todos, e nosso coração estará voltado para as pessoas que mais necessitam".
Se dirigindo à militância do PSB, Lula lembrou: "nossa relação é histórica, e nós conseguimos demonstrar às forças políticas do Brasil que é plenamente possível duas forças que têm projetos diferentes, que têm princípios iguais, podem se juntar no momento em que o interesse é do povo brasileiro. Fica minha gratidão ao PSB".
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