O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta quarta-feira (20), em seu gabinete no Palácio do Planalto, em Brasília, um dos irmãos do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, assassinado por um policial penal bolsonarista, em Foz do Iguaçu no dia 9 de julho.
Conforme apuração de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, José Arruda, que é apoiador do presidente, encontrou o chefe do Executivo acompanhado do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). O parlamentar também havia intermediado uma videochamada entre os irmãos do petista com Bolsonaro na semana passada, na qual o presidente classificou o crime como “lamentável e injustificável”, afirmou que “a imprensa tentou colocar” o crime no colo dele e pediu que os familiares participassem de uma coletiva de imprensa para “contar a verdade” sobre o caso.
Em conversa com a imprensa, o deputado contou que o mandatário prestou solidariedade à família de Arruda e pediu desculpas por divulgar fake news sobre o crime.
“O presidente, inclusive, se desculpou por esse fato, porque a primeira informação que ele tinha – errada – e que eu disse a ele a verdade também, e o José também falou, que aquele ato, o chute, não foi um ato provocado por um petista. Foi um ato de um amigo bolsonarista do Marcelo. E, nessa reunião, o presidente se retratou com ele e reconheceu de que aquela fala foi sem a devida informação verdadeira”, explicou Otoni, em referência à fala de Bolsonaro de que “petistas encheram ele [o bolsonarista Jorge Guaranho] de chutes”.
De acordo com o deputado, a reunião durou cerca de meia hora e contou com um momento de oração puxado pelo ex-senador Magno Malta (PL-ES). Apesar de registrado por auxiliares do presidente, o encontro não constava na agenda oficial. Segundo o parlamentar, Bolsonaro preferiu não incluir em sua agenda por não querer transformar “em palco político”.
A primeira aproximação de Bolsonaro com parte da família foi vista com maus olhos pela esposa de Marcelo Arruda, Pâmela Suellen. Incomodada, ela, que não foi contactada pelo presidente, criticou a falta de sensibilidade e lembrou que os irmãos a quem ele telefonou não estavam presentes da festa de aniversário onde ocorreu o assassinato.
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