Apesar dos apelos de aliados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recusa a explorar na campanha política o episódio no qual uma mulher de baixa renda foi humilhada por bolsonarista pelo fato de ser sua eleitora.
De acordo com informações da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, ele teme que o uso do episódio em propaganda poderia expor ainda mais a faxineira Ilza Ramos Rodrigues, que ficou conhecida após um empresário apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) dizer que deixaria de doar marmitas para ela, pelo fato dela votar no petista.
Ainda segundo a publicação, apesar da resistência com relação à exploração do incidente na campanha, Lula pretende entrar em contato com a eleitora. Uma das possibilidades seria uma conversa por telefone.
O caso em questão aconteceu em Itapeva (SP), quando o empresário Cássio Cenali filmou a entrega dos alimentos na casa da diarista. No vídeo, ele questiona em quem ela pretende votar para presidente e quando ela aponta a escolha por Lula ele diz: “Lula? Então tá bom, ela é Lula, a partir de hoje não tem mais marmita. É a última marmita que vem aqui. A senhora peça para o Lula agora, beleza?”.
“Verdade, sério. Tá bom, gente? Aqui não vem mais marmita, ela vai pedir pro Lula, ‘tá’ bom?”, disse ele, confirmando a veracidade de suas declarações.
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