Foto: Divulgação/BSF |
A cada dia aumenta o número de representantes dos poderes públicos municipais e da sociedade civil na Bahia que decidiram participar ativamente da etapa municipal da Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional. A coordenação do Programa Bahia Sem Fome acompanhou os debates ocorridos nos últimos três dias no Território da Chapada Diamantina e em Piemonte do Paraguaçu. A partir do tema “Superação da fome e construção da soberania Alimentar com Direitos e Participação Social”, os municípios apresentaram estratégias locais de enfrentamento da fome e elegeram seus delegados para apresentar essas propostas na Conferência Territorial, nos próximos dias 24 e 25 de agosto, no município de Seabra. As conferências prosseguem em todos os territórios do estado.
De acordo com Jainei Cardoso, secretária executiva do Bahia Sem Fome, no estado inteiro os municípios estão se reunindo para debater a fome. “A gente sempre diz que a vida acontece no município e é no município que a gente consegue fazer o enfrentamento da fome. Estamos reativando os conselhos municipais, para que a política pública chegue de fato aos locais de maior vulnerabilidade, promovendo assistência social, educação e saúde”, avalia Jainei.
Após as conferências territoriais, serão então encaminhadas propostas para a Conferência Estadual, que acontecerá entre os dias 17 a 19 de setembro, na semana mundial de alimentação, com a presença do Consea Nacional.
“Estamos fazendo a construção intersetorial do Programa Bahia Sem Fome, esclarecendo como o programa se relaciona com a política de segurança alimentar e estimulando os municípios a criar os seus processos locais de enfrentamento da fome”, acrescenta Jainei, destacando que, no último final de semana, após reunião com o poder público e sociedade civil em Mucugê, eles já fizeram a reunião, elegeram delegados e estarão presentes nessa reunião de 24 e 25 em Seabra.
“Os governos estadual e federal deverão apresentar um conjunto de ações de combate à fome, já que neste mês será lançado o programa Brasil Sem Fome. Estamos estimulando que os municípios criem seus próprios programas de enfrentamento da fome e façam a gestão intersetorial de segurança alimentar”, explica Jainei, lembrando que tanto o governo estadual como o federal vão condicionar o acesso a editais (de cozinhas solidárias, hortas urbanas etc) e a recursos financeiros se os municípios tiverem definido o seu sistema de segurança alimentar e nutricional. “Todas essas conferências são a oportunidade que os municípios estão tendo para se organizar, a fim de que possam acessar esses recursos que estarão disponíveis quando o Brasil Sem Fome for lançado”, detalha.
Fonte: Ascom/Bahia Sem Fome
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