Somente nos 12 primeiros dias de janeiro, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 10.329 mil casos prováveis de dengue e um óbito foi confirmado. O número de casos suspeitos é 25% maior que o das duas primeiras semanas de 2023.
No ano passado, 122 brasileiros morreram de dengue no país. Pensando em evitar este desfecho, é preciso estar atento a sintomas de complicação e do aparecimento de formas hemorrágicas (e mais propensas ao óbito) da infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
A infectologista Nívia Ferreira, do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu-GO, ensina a identificar a evolução de sintomas que pode apontar a formação de um quadro mais grave da condição.
Os principais sintomas da dengue normalmente são febre alta (acima de 38°C) de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas e coceira na pele.
Sintomas – Para casos mais graves, os sinais de alerta são outros. A fase crítica começa de três a sete dias depois do início dos sintomas. De acordo com a especialista, são sinais de um quadro de complicações: dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes com sangue, sangramento, especialmente nas gengivas ou nariz, mudanças no humor; dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, queda da pressão arterial e sangue nas fezes.
“É fundamental que esses sinais de alerta sejam avaliados por um médico especialista para evitar a evolução da doença para um quadro mais grave”, afirma a infectologista do HCN.
Ela ressalta que pessoas com doenças crônicas, gestantes, idosos e crianças, são os grupos mais propensos a desenvolver formas graves da doença viral.
Tratamento de dengue – A hidratação desempenha um papel crucial no tratamento, contribuindo significativamente para o alívio dos sintomas e a recuperação do paciente. Durante a infecção pelo vírus da dengue, a febre e os sintomas associados podem levar à desidratação, aumentando o risco de complicações.
Manter-se hidratado ajuda a compensar a perda de líquidos devido à febre e aos possíveis vômitos, auxiliando na estabilização da pressão arterial e na prevenção de complicações mais graves, como o choque.
O uso de qualquer medicamento sem prescrição médica nos casos de dengue deve ser evitado. O perigo da automedicação em pessoas com a doença é que remédios a base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno e o naproxeno, diminuem a capacidade de coagulação, coisa que a doença também faz. Unindo os efeitos, há uma maior chance de gerar quadros de dengue hemorrágica.
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