Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas em SP é encontrado em Paraibuna após 12 dias de buscas
"O que possibilitou diminuir essa área foi uma análise através da inteligência da polícia civil que eles poderiam estar naquele setor da estação de rádio-base de Paraibuna do km 54. Ontem até divulgaram uma imagem do helicóptero voando próximo ao 58/60. Isso veio a corroborar com o que nós já tínhamos, a região que a gente estava".
O delegado Milton Clemente, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil, disse que no começo, a missão "era praticamente impossível e depois das informações ela se tornou difícil".
"Havia uma escassez de informação, existia um georreferenciamento em relação a uma antena, mas a gente não tinha os pontos suficientes para delimitar uma área mais precisa de busca. Isso foi feito através de voos específicos onde foi delimitando o range (alcance) e aí conseguiu separar por quadrante. Foi a partir desse refino na área de busca", explicou.
Ele também destacou a importância dessas aeronaves de pequeno porte terem localizador. "Se todas as aeronaves, inclusive os helicópteros de pequeno porte, pudessem ter um localizador, uma caixa preta, isso facilitaria muito".
Paraibuna , município paulista do Vale do Paraíba, fica a 120 quilômetros de distância do Campo de Marte, em São Paulo, local onde o helicóptero havia decolado, e a aproximadamente 80 quilômetros de Ilhabela, destino final.
Na imagem divulgada pela Polícia Militar, é possível ver uma clareira ente a vegetação e o que seriam destroços da aeronave entre as árvores.
Após ser encontrado pela PM, o helicóptero H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, se deslocou até o local com uma equipe especial de resgate, formada por nove pessoas com capacidade de descer de rapel para fazer investigação no local onde os destroços do helicóptero.
Quem estava na aeronave
Na aeronave, estava o piloto, duas mulheres, que são mãe e filha, e um amigo das duas.
Luciana Rodzewics, de 45 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana);
Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia);
Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (piloto).
Moradoras da capital paulista, cidade de onde o voo partiu, Luciana e Letícia eram autônomas. As duas moravam no bairro do Limão, que fica na Zona Norte de São Paulo.
Familiares contaram ao g1 que Letícia trabalhava no ramo da estética, em um estúdio onde fazia pintura de unhas. Já Luciana atuava como vendedora, no ramo alimentício, comercializando sal para empresas.
As duas mulheres aceitaram o convite do amigo Raphael para fazer um passeio "bate-volta" em Ilhabela, na véspera do Ano Novo.
O local é um dos mais procurados pelos turistas para aproveitar o réveillon, contando com queima de fogos, shows e outras atrações.
Antes de desparecer, Letícia fez um vídeo de dentro do helicóptero mostrando que o tempo estava fechado.
G1
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