Diálogos encontrados no celular de Mauro Cid mostram que general teria 'consentido com a adesão ao golpe de Estado, desde que Bolsonaro assinasse a medida
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O ex-presidente Jair Bolsonaro e o general do Exército Estevam Teophilo — Foto: Brenno Carvalho/O Globo e Alberto César Araújo/Aleam |
O general Estevam Theóphilo, um dos alvos de busca e apreensão na operação da Polícia Federal desencadeada nesta quinta-feira, batizada de Tempus Veritatis, teria garantido ao ex-presidente Jair Bolsonaro que colocaria sua tropa na rua para apoiar um golpe de estado.
De acordo com fontes da PF, a informação foi fornecida pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada, e teria sido corroborada por mensagens e registros da participação de Theóphilo na reunião em que Cid relatou ter sido discutida a minuta de golpe, com a presença de Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas.
Theóphilo também foi uma das visitas mais assíduas de Mauro Cid no batalhão do Exército em Goiânia, após sua prisão já no bojo das investigações a respeito da tentativa de golpe de estado em que manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília
Naquele momento, Theóphilo era chefe do Comando de Operações Terrestres, o Coter, órgão do Exército responsável por coordenar o emprego das unidades militares. Theóphilo também foi Comandante Militar da Amazônia.
Segundo a Polícia Federal, Theóphilo se utilizou diretamente do cargo público que exercia tanto para executar “ações relacionadas à tentativa de execução do golpe de Estado, quanto para eximir possível responsabilidade criminal pelos atos realizados”
De acordo com as investigações da PF, em 9 de dezembro de 2022, Theóphilo se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Segundo diálogos encontrados no celular de Mauro Cid, Théophilo “teria consentido com a adesão ao golpe de Estado desde o que presidente assinasse a medida”.
Fonte: O GLOBO
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