Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Em meio ao conflito entre Ucrânia e Rússia, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que não entende o posicionamento do governo brasileiro, administrado pelo presidente Lula (PT), em relação às guerras e cobrou um posicionamento do país. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
“Não entendo, não entendo”, afirmou. “Diga: por acaso, presidente Lula, por acaso não quer ter essa aliança? Por acaso o Brasil está mais alinhado com a Rússia do que com a Ucrânia? A Rússia nos atacou. O Brasil tem de estar do nosso lado e dar um ultimato ao agressor, em nome do resto do mundo. Uma amizade com alguém que tem uma ideologia e uma visão fascistas não pode trazer benefícios”, disse na última quinta-feira (30).
Zelensky abriu as portas da Casa das Quimeras, edifício histórico de Kiev situado em frente ao gabinete presidencial, para recepcionar os jornalistas. O encontro aconteceu, às vésperas, de uma cúpula de paz organizada pela Suíça para a qual foram convidados 160 países. Entre os cerca de 80 líderes que confirmaram presença no evento, a ser realizado em Lucerna nos próximos dias 15 e 16, estariam os presidentes argentino, Javier Milei, e chileno, Gabriel Boric.
Para este ato, o presidente Lula (PT) não deve comparecer e o Brasil não enviará representantes. Na semana passada, o assessor especial de Lula para a política externa, Celso Amorim, e o chanceler chinês, Wang Yi, divulgaram um comunicado em que destacavam a necessidade da presença de Moscou em quaisquer negociações sobre o conflito.
“Por quê?, se somos nós os atacados?”, questionou Zelenski ao falar sobre a declaração, emendando uma pergunta na outra. “Por que o Brasil e a China pensam primeiro nos russos e depois em nós? Como podem dar vantagem aos países que atentam contra outros e priorizar essa aliança com o verdadeiro agressor?”, questionou Zelensky.
O ucraniano ainda se colocou à disposição para escutar as visões das nações e ressaltou que a cúpula da paz segue este intuito. “Antes, temos que conciliar a opinião de todos os que vêm. Mas não com a Rússia.”
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