Mudanças na Feira de Inhambupe Geram Divisão Entre Barraqueiros

Fotos: David Gouveia

A recente decisão da gestão municipal de Inhambupe de reorganizar a feira local tem gerado opiniões divergentes entre os barraqueiros. Enquanto alguns comerciantes apoiam a iniciativa, alegando melhorias para o ordenamento e a infraestrutura da feira, outros demonstram insatisfação, especialmente os barraqueiros que vendem verduras diariamente no comércio.

De acordo com informações obtidas, esses comerciantes serão transferidos para um espaço próximo ao mercado de carnes durante a semana, podendo ocupar suas barracas no centro da feira apenas aos sábados. Muitos barraqueiros questionam a falta de diálogo e transparência no processo de decisão, além de temerem pela redução no movimento e nas vendas durante os dias úteis.

Fotos: David Gouveia

Promessas de Campanha Contraditas pela Realidade

A insatisfação também se estende ao cenário político. Durante o período eleitoral, era comum ver candidatos circulando pela feira, demonstrando simpatia, cumprimentando os barraqueiros e até consumindo produtos locais, como os tradicionais pastéis e caldo de cana. Contudo, após o término das campanhas, esses mesmos políticos, segundo relatos dos barraqueiros, não se mostraram presentes para discutir as mudanças ou buscar soluções para as preocupações dos comerciantes.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram barraqueiros lamentando a ausência de vereadores e outras lideranças locais diante dessa situação. Muitos afirmam se sentirem abandonados por aqueles que prometeram representar os interesses do povo.

Fotos: David Gouveia

O Impacto da Mudança

Enquanto a prefeitura argumenta que a medida busca organizar melhor o espaço da feira e oferecer melhores condições para todos, os barraqueiros preocupados ressaltam que essa transição pode trazer prejuízos financeiros e impactar negativamente a dinâmica do comércio local.

A reorganização da feira de Inhambupe, uma tradição que movimenta a economia e atrai moradores de várias localidades, precisa ser tratada com sensibilidade e diálogo, respeitando as necessidades dos comerciantes e garantindo que a mudança seja benéfica para todos os envolvidos.

Resta saber se as autoridades municipais irão buscar um consenso que contemple as demandas dos barraqueiros ou se a insatisfação continuará a repercutir nas redes sociais e na cidade.

Matéria e Fotos: David Gouveia