Vereadores de Inhambupe Mandam Recado ao Prefeito e Cobram Revisão de Decretos Polêmicos - David Gouveia Notícias

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20/02/2025

Vereadores de Inhambupe Mandam Recado ao Prefeito e Cobram Revisão de Decretos Polêmicos



 Os recentes decretos da administração municipal de Inhambupe têm causado grande impacto no comércio local, gerando descontentamento entre feirantes, donos de bares e frequentadores da cidade. As novas medidas restringem a atuação de barraqueiros e o uso de espaços públicos, resultando em queda no movimento e prejuízos financeiros.

Feirantes e comerciantes prejudicados

Antes das novas regras, muitos barraqueiros podiam montar suas barracas ao longo da semana, garantindo uma presença constante no centro comercial da cidade. Agora, com a nova determinação, a atividade foi limitada apenas às quartas-feiras e aos sábados, reduzindo drasticamente suas oportunidades de venda e comprometendo sua principal fonte de renda.


Os bares também foram afetados pelas restrições. Anteriormente, era comum que comerciantes colocassem cadeiras nas vias públicas, criando um ambiente agradável para os clientes, especialmente nos dias de feira, quando a movimentação na praça central era intensa. No entanto, com a proibição, o cenário mudou: o que antes era um ponto de encontro movimentado e acolhedor agora se transformou em um espaço vazio, afastando clientes e impactando diretamente os negócios.


A mudança na dinâmica da cidade tem sido notável. O centro, que costumava ser um local de convivência e lazer, especialmente nos fins de semana, agora parece uma “praça fantasma” nos dias em que o fluxo de pessoas deveria ser maior. Comerciantes relatam dificuldades para manter as contas em dia e temem pelo futuro de seus negócios.

Vereadores cobram explicações do prefeito  

Na sessão da Câmara Municipal realizada na última terça-feira (18), os vereadores Henrique da Piçarra, Marcelo da Lotérica e Keu da Saúde cobraram do prefeito a revisão dessas medidas, destacando o impacto negativo que elas têm causado na população mais pobre.

O vereador Henrique da Piçarra pediu ao prefeito mais compaixão com os trabalhadores afetados pelas novas regras. Em sua fala, citou que acompanha as redes sociais do prefeito e vê seus vídeos enquanto almoça, onde costuma dizer que "chegou a hora melhor". Henrique, no entanto, cobrou que essa "hora melhor" também chegue para o povo pobre.

“Fui parado 28 vezes nas ruas por pessoas querendo saber o que está acontecendo na cidade. Imagine arrancar trabalhadores de seus locais de serviço, sem oferecer alternativa. É lamentável! Prefeito, faça um centro de abastecimento para essas pessoas trabalharem. Nosso município não pode empregar todo mundo, mas se não há emprego, não tire o sustento de quem já está lutando pelo seu pão.”

O vereador Marcelo da Lotérica reforçou a necessidade de diálogo da gestão com os comerciantes antes de tomar decisões que afetam diretamente a economia local.

“Prefeito, chame os comerciantes para conversar. Imposição só gera resistência. Quando se perde um, todos perdem. Vamos sentar, dialogar e encontrar uma solução justa para todos. Não adianta ter uma cidade organizada enquanto o povo está na fila do CRAS para receber cesta básica, e os comerciantes passando dificuldades porque os clientes sumiram. O comércio precisa sobreviver.”

Já a vereadora Keu da Saúde se uniu às críticas dos colegas e classificou o momento como "estarrecedor e triste" para os pequenos comerciantes.

“Não se pode tirar o pão de quem não tem outra alternativa. Organizar a cidade é válido, mas primeiro é preciso oferecer condições. Não temos uma indústria que gere empregos. Se o prefeito tivesse conseguido trazer uma nesses quase dois meses de gestão, seria compreensível organizar o comércio. Mas sem alternativas, a retirada dos trabalhadores é arbitrária. Como fica o pai de família que depende disso? Nós, vereadores, estamos aqui para defender o povo, não para seguir um governo. E hoje, venho com tristeza pedir que essa gestão reveja sua postura.”

Keu também criticou a gestão sobre a distribuição de medicamentos na rede municipal de saúde, alegando que as farmácias básicas dos postos não receberam os insumos prometidos pelo prefeito.

“O prefeito disse que abasteceu as farmácias dos postos de saúde, mas no posto do Novo Inhambupe, onde eu atuo, os medicamentos não chegaram. Quero pedir esclarecimentos à Secretaria de Saúde sobre essa situação. O pouco que existe ainda é remanescente da gestão anterior.”

População cobra revisão das medidas

A pressão sobre a prefeitura tem crescido, com comerciantes e moradores cobrando do prefeito uma revisão urgente desses decretos. A expectativa agora é que a administração municipal reavalie os impactos das restrições e encontre soluções que favoreçam tanto a economia quanto a vida social da cidade.




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