Após atingir queda recorde, taxa de aprovação do governo Lula sobe 5%, diz Datafolha

Índice estava em 24% no levantamento anterior, pior percentual das 3 gestões do petista, que agora registra 29% de aprovação

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parou de cair após ter atingido seu pior patamar nos 3 mandatos do petista, e conseguiu, inclusive, apresentar uma leve melhora na porcentagem daqueles que avaliam sua gestão como ótima ou boa, é o que apontam os dados da mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira (4).

Segundo matéria do Estadão, apesar da melhora, o número de eleitores que avaliam positivamente o governo ainda segue quase 10 pontos porcentuais abaixo do índice que reúne aqueles que desaprovam Lula. São 38% que consideram o governo como ruim ou péssimo, ante 29% que avaliam a gestão como ótima ou boa.

No levantamento, realizado em fevereiro, o índice de aprovação subiu 24%, enquanto a taxa que considera a gestão como regular permaneceu em 32%. Os números mostram que a queda na popularidade de Lula, registrada nas pesquisas recentes também de outros institutos, alcançou um piso e, ligeiramente, estagnou.

Em um comparativo com o levantamento anterior da Datafolha, divulgado em 14 de fevereiro, o governo apresentou alta de cinco pontos percentuais na avaliação positiva, e caiu três na negativa. Naquele ponto, Lula atingiu o pior índice dos seus três mandatos na Presidência, com 24% de aprovação ante 41% de reprovação.

Na série histórica da pesquisa, que avaliou os outros dois mandatos que o petista esteve no poder, Lula nunca chegou a um patamar tão baixo de aprovação.

Já o índice daqueles que consideram o governo como regular seguiu estável, apresentando o mesmo percentual da última pesquisa: 32%. Antes, 2% disseram não saber o que responder, ante 1% agora.

Futuro

Questionados sobre sua visão para o futuro do governo, 35% dos entrevistados disseram acreditar que, nos próximos meses, Lula fará uma administração ótima ou boa, mesmo índice dos que têm uma perspectiva pessimista, enquanto 28% dizem que será regular. De acordo o Instituto, esta é a primeira vez que o índice otimista não é numericamente maior do que o negativo.

A pesquisa ouviu 3.054 pessoas, com 16 anos ou mais, em 172 municípios, entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais.